Marcel van Hattem critica uso da FAB como “Uber de criminosos” e celebra aprovação de convocação do ministro das Relações Exteriores

“A FAB virou Uber de bandido! O governo agiu com uma rapidez impressionante para buscar uma corrupta no Peru, mas leva mais de trinta dias para enviar o ministro das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos à Câmara."
23 de abril de 2025

O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) fez duras críticas ao governo federal durante sessão da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (23). A principal denúncia foi o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar políticos condenados por corrupção, como ocorreu com a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Herédia, recentemente condenada e trazida ao Brasil sob alegação de razões humanitárias.

“A FAB virou Uber de bandido! O governo agiu com uma rapidez impressionante para buscar uma corrupta no Peru, mas leva mais de trinta dias para enviar o ministro das Relações Exteriores para prestar esclarecimentos à Câmara”, declarou Van Hattem durante a reunião.

O deputado ressaltou a gravidade do gesto diplomático. “É um desrespeito não apenas com esta Comissão, mas com o povo peruano e com todos os brasileiros que exigem moralidade e justiça. A impunidade está voando em jatinho da FAB!”, completou.

Durante a sessão, por ampla maioria, foi aprovada a convocação do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para prestar esclarecimentos formais sobre a concessão de asilo à Nadine. A data da audiência será definida nos próximos dias.

Van Hattem pediu celeridade. “Que o mesmo avião que trouxe a criminosa traga agora o ministro para prestar contas ao povo brasileiro. Esta Casa exige explicações.”

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“Causa estranheza essa omissão por parte do ministro relator, considerando que minha solicitação está respaldada no Regimento Interno da Câmara e se refere a uma atividade típica da função parlamentar. Essa postura do ministro em não responder a um parlamentar reforça o autoritarismo que tem marcado diversas decisões do ministro Alexandre de Moraes.”