Emenda do partido NOVO para impedir voto de presos provisórios é aprovada na Câmara

"Não faz sentido o cidadão estar afastado da sociedade, mas poder decidir os rumos da política do seu município, do Estado e até do Brasil", afirma Marcel van Hattem.
19 de novembro de 2025

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou no PL do Marco Legal ao Combate ao Crime Organizado, nesta terça-feira (19), a emenda apresentada pelo líder da bancada do Novo, deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), que proíbe o alistamento eleitoral de pessoas em prisão provisória e determina o cancelamento do título de eleitor daqueles que já estiverem cadastrados . A medida altera as regras atuais, que garantem o direito ao voto para presos que ainda não tiveram condenação definitiva.

Ao defender a proposta em plenário, Van Hattem afirmou que é incoerente permitir que um indivíduo afastado da sociedade continue participando das decisões políticas do país. “Não faz sentido o cidadão estar afastado da sociedade, mas poder decidir os rumos da política do seu município, do Estado e até do Brasil”, declarou.

Para o deputado, manter o direito ao voto nesses casos configura privilégio indevido. “É uma regalia. Preso não pode votar. É um contrassenso, chega a ser ridículo”, disse.

Na justificativa da emenda, os parlamentares signatários defenderam que “a suspensão do voto enquanto durar a prisão não configura antecipação de pena nem ofensa à presunção de inocência, mas sim reconhecimento de um limite fático e moral da cidadania, imposto pela própria restrição de liberdade. A proposta, portanto, confere coerência, segurança jurídica e moralidade ao processo eleitoral, reduz custos e riscos desnecessários e reforça a confiança social na integridade das instituições democráticas”, concluíram os deputados na emenda.

Aprovada com amplo apoio, apenas com orientação contrária do governo e do PSOL, a emenda agora integra o texto que segue para análise do Senado, de acordo com os próximos trâmites legislativos.

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“Esse é um tema que realmente tem nos preocupado: a questão da prioridade. Nós falamos na reunião de Estrela sobre a falta de prioridade, por exemplo, na construção das casas, que, aliás, tem demorado muito tempo. O governo do Estado informou que foram investidos R$ 250 milhões em residências, mas perto de mais de R$ 9 bilhões do Funrigs, é um valor bastante modesto, sendo que uma das maiores prioridades para o povo é residência. Nosso compromisso é com as prioridades. E, para apontar soluções, precisamos conhecer de perto a realidade da região. Uma das maiores demandas da população do Vale do Caí é justamente por obras estruturantes e sistemas de defesa”, afirmou o deputado Marcel van Hattem, coordenador da Comissão Externa.