O deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) criticou a representação protocolada pelo PT pedindo a suspensão do mandato parlamentar por conta da participação de Marcel durante a ocupação da Mesa Diretora da Câmara. Segundo Van Hattem, a ação é incoerente e revela a hipocrisia de um partido que, no passado, protagonizou episódios semelhantes sem qualquer consequência.
“Acabei de ver que o PT entrou com uma representação contra mim para a suspensão do meu mandato em virtude do que aconteceu ontem. Já deixei tudo bem explicado nas minhas redes sociais. O PT é muito hipócrita, porque em 2017, quando houve uma situação muito parecida, ninguém falou em punição”, afirmou.
Marcel também comentou a manifestação do deputado Guilherme Boulos (PSOL), que anunciou pedido de suspensão por seis meses contra os parlamentares envolvidos. “Imagina o PSOL sendo contra ocupação. Respondi até de forma humorada que vivi pra ver esse momento acontecer. Mas deixei claro que não me sinto pressionado ou chantageado. Não estou na política por dinheiro ou salário”, disse.
Para o deputado, os atos da oposição seguiram dentro da normalidade parlamentar, mesmo que tenham ocorrido excessos, como em tantos outros episódios no Congresso:
– O que o PT está pedindo é um absurdo, ainda mais vindo de quem tem um presidente da República descondenado, corrupto e condenado em todas as instâncias. Não têm moral nenhuma para cobrar coisa alguma de ninguém.
Marcel também mencionou relatos de agressões físicas, como a protagonizada, segundo ele, pela deputada Camila Jara (PT-MG) contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e que esse, sim, seria um caso legítimo de representação. “Camila Jara agrediu fisicamente o deputado Nikolas. E eu não tenho a menor dúvida de que ela merece, sim, uma representação pela agressão feita, que ficou muito evidente pra todo mundo’, afirmou.