Comissão da Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do RS promovem seminário sobre o impacto do assoreamento dos rios nas enchentes do RS

“É preciso enfrentar de forma objetiva o problema do assoreamento dos nossos rios. Vamos reunir especialistas e representantes de diferentes instituições para construir caminhos viáveis e seguros para para que os efeitos de futuras chuvas possam ser minimizados. O povo gaúcho não pode continuar vivendo sob a ameaça constante das enchentes”
11 de julho de 2025

Na próxima segunda-feira (14), a partir das 10h, será realizado em Porto Alegre seminário para discutir o desassoreamento dos rios do Rio Grande do Sul, tema central no enfrentamento das enchentes que atingiram o estado. A iniciativa é da Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre os Danos Causados pelas Enchentes, coordenada pelo deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS), em parceria com a Frente Parlamentar do Empreendedorismo e da Desburocratização da Assembleia Legislativa, liderada pelo deputado estadual Felipe Camozzato (NOVO). O encontro ocorrerá no Espaço de Convergência da Assembleia Legislativa (Sala Adão Pretto).

O objetivo do seminário é debater soluções técnicas para a recuperação da capacidade de vazão dos principais rios do estado, tema que ganhou ainda mais urgência após as enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024. O excesso de sedimentos nos leitos fluviais tem contribuído para agravar os impactos de chuvas intensas, dificultando o escoamento da água e provocando alagamentos recorrentes.

“É preciso enfrentar de forma objetiva o problema do assoreamento dos nossos rios. Vamos reunir especialistas e representantes de diferentes instituições para construir caminhos viáveis e seguros para para que os efeitos de futuras chuvas possam ser minimizados. O povo gaúcho não pode continuar vivendo sob a ameaça constante das enchentes”, afirma o deputado Marcel van Hattem.

O deputado Felipe Camozzato destaca que o desassoreamento para rios e arroios ainda gera muitos questionamentos e estes precisam ser esclarecidos: 

Afinal, quanto custa a dragagem total? E parcial? Mais importante: quanto custa não dragar? Eu acredito que o investimento na prevenção é o que pode proteger as nossas cidades. Por isso abrimos este espaço. Para ouvir os gestores municipais e autoridades no tema, analisar os dados e entender cada realidade. Só assim poderemos tomar as melhores decisões para o nosso estado”, destaca Camozzato.

O seminário reunirá técnicos e autoridades de diversas entidades públicas e privadas, entre elas a FIERGS, Federasul, FARSUL, FECOMÉRCIO, Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, DMAE, FAMURS, GRANPAL, AMVAT, AMAT, CREA-RS, SERGS, SENGE, FEPAM, Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, Secretaria da Reconstrução Gaúcha, Portos RS, Governo do Estado e prefeitura de Porto Alegre.

A iniciativa reforça o compromisso do Parlamento, em todas as esferas, com o enfrentamento das causas estruturais das enchentes que afetaram milhares de famílias no Rio Grande do Sul. O seminário é aberto ao público e integra a agenda de reconstrução articulada pelas duas frentes parlamentares.

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“Esse é um tema que realmente tem nos preocupado: a questão da prioridade. Nós falamos na reunião de Estrela sobre a falta de prioridade, por exemplo, na construção das casas, que, aliás, tem demorado muito tempo. O governo do Estado informou que foram investidos R$ 250 milhões em residências, mas perto de mais de R$ 9 bilhões do Funrigs, é um valor bastante modesto, sendo que uma das maiores prioridades para o povo é residência. Nosso compromisso é com as prioridades. E, para apontar soluções, precisamos conhecer de perto a realidade da região. Uma das maiores demandas da população do Vale do Caí é justamente por obras estruturantes e sistemas de defesa”, afirmou o deputado Marcel van Hattem, coordenador da Comissão Externa.